quinta-feira, 9 de abril de 2009

DANÇA DA ALMA

O corpo ferido
o corpo labareda
O corpo recria
a bailarina
a tímida
a melancólica
a ingénua
a racional
a mulher

Irrompe a saudade (ah! a saudade)
e o riso

O medo do toque
a magia do toque
a raiva nos punhos cerrados
a libertação das mãos procurando o outro

Irrompe a condição do ser humano
entre os seus pares

Nesta dança da alma
as lágrimas soltam-se
As entranhas choram um choro
que vai pingando salgados regatos
entre os meus seios

Um choro que vai tecendo nos lábios
esta doçura vinda de mim.


Manuela Almeida

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