Este tumulto no meu corpo
que não pára
Esta luta entre não ser, sendo
que não pára
Este quotidiano de paz podre
que me equilibra
Esta ansiedade de ser, não sendo.
O corpo oscila e rodopia na fúria da tempestade
As amarras esticam em tensão, que dói
AH! Se a corda cede e eu naufrago...
O pêndulo agita-se louco sobre a minha cabeça
Vem podre paz. Podre, mas vem!
Aquieta-me esta agitação que me sacode
A corda está por um fio...
Um útero, uma mão agarra-me.
Um marulhar envolve-me.
Nado num mar que não é o de minha mãe
Desenrolo-me lentamente
Estico-me com muita força
Uns braços recebem-me plenos de sangue, sal e mel.
Primeiro ténue vagido
Depois grito de luta
Quiçá, agora possa ser, sendo...
Manuela Almeida, 2005
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ora bem...ninguém quer saber de mim... amigas
ResponderEliminargostava muito que partilhassemos neste blog momentos das nossas vidas
ora aqui esta uma boa edeia quem sabe começa aqui um livro???????bj agora vou estudar ingles
ResponderEliminarNão é assim mtas vezes o nosso dia a dia, a luta por vencer em nós, os sentimentos, ambíguos, a morte o renascimento contínuos, como a noite que antecede o dia..
ResponderEliminarSandra